Nova gestão apresenta eixos de trabalho para RMI

Quatro eixos norteiam a nova gestão da Rede Mineira de Inovação (RMI), que agrega 21 incubadoras de empresas, 4 parques tecnológicos e 2 aceleradoras de Minas Gerais. São eles: Políticas Públicas Assertivas; Networking e Integração; Comunicação; e Gestão Qualificada.

O plano de trabalho foi apresentado pela presidente recém-eleita da RMI, Adriana Ferreira de Faria, do Centro Tecnológico de Desenvolvimento Regional de Viçosa da Universidade Federal de Viçosa (CENTEV CENTEV/UFV), durante a primeira reunião anual da rede, realizada em 27 de abril.

O encontro, que aconteceu de forma remota, reuniu gestores dos ambientes de inovação, do conselho consultivo da instituição e convidados. Na abertura do evento, VP de Estratégia e CFO do iFood, Diego Barreto, falou sobre a “Nova Economia”, tema que aborda em seu livro “Nova Economia – Entenda porque o perfil empreendedor está engolindo o empresário tradicional brasileiro”.

NOVA ECONOMIA

“A massificação da tecnologia e a globalização, que chegaram tardiamente ao Brasil, estão mudando o cenário empresarial do País. No primeiro caso, tornou-se acessível a um custo mais barato, o que fez emergir uma categoria de empreendedores que não é ligada à maneira de como se formou a economia tradicional brasileira: esses empreendedores não são de famílias tradicionais, não são milionários e raramente se beneficiam das facilidades concedidas pelo Estado”, explica.

Diego Barreto lembrou que, na última década, surgiram empresas inovadoras, criadas por jovens empreendedores, que romperam a “velha estrutura. Como exemplo, citou a XP, o Nubank, a Neon, o iFood, a 99, a Creditas, a Ebanx e a Hotmart, entre outras.

Também falou da necessidade da pesquisa em ciência e tecnologia e da importância de se criar canais “menos burocrático” entre as universidades públicas e as empresas. “Hoje, tudo é muito engessado, o que dificulta parcerias”, disse. Também destacou que é necessária uma mudança comportamental, a começar nas escolas e universidades, para preparar o jovem para essa nova realidade.

GESTÃO 2021/2022

Durante sua apresentação aos associados e parceiros, Adriana Faria lembrou que o sucesso da atuação da RMI depende do apoio, participação e comprometimento de todos os atores. “É necessário escutar cada um, ter discernimento para adotar o melhor caminho, assumir responsabilidades, planejar as ações e agir, tudo em conjunto, em sinergia”, disse.

Sobre o eixo de Políticas Públicas Assertivas, a nova presidente da RMI disse que é preciso buscar apoio para promover a difusão da cultura empreendedora nas universidades e demais ICT e de ensino superior, aumentar a taxa de criação de spin-offs acadêmicas, empoderar os parques e incubadoras de empresas para desenvolverem seus próprios programas de aceleração e atrair empresas âncoras, assim como centros tecnológicos, para os parques tecnológicos, entre outras ações.

No eixo Networking e Integração, defendeu a promoção do alinhamento estratégico e convergência de esforços entre os agentes públicos e os públicos envolvidos, a promoção de feiras de negócios e eventos conjuntos com os parceiros; e maior integração entre ICTs e universidades, os ecossistemas de inovação e startups, entidades empresariais, agentes de investimento e IASP internacional.

Dentro do eixo Gestão Qualificada, os objetivos são promover oportunidades de qualificação dos gestores das associadas, compartilhar boas práticas das associadas e suas empresas, criar banco de mentores da rede e auxiliar na Certificação CERNE.

Por fim, Adriana Faria lembrou da necessidade de se criar uma boa comunicação para dar visibilidade às ações e projetos dos ambientes associados, que geram resultados e impactos positivos ainda poucos conhecidos do grande público. Isso se dará por meio da divulgação nos canais oficiais da RMI, como site, redes sociais e aplicativos de mensagens.

A nova diretoria da RMI, eleita em fevereiro, é formado por Adriana Faria; Raquel Mendonça do Vale Resende, representando a UFTM; Manuela de Oliveira Botrel, representando o CIAEM/UFU; e Maurício de Pinho Bitencourt, representando a INOVAI/Itajubá. O Conselho Fiscal é formado por Claudiane Freire de Oliveira, representando a INOVAI/Itajubá; Jucélia Maria Lopes Maia Roberto, representando o CENTEV/UFV; e Dionir Dias de Oliveira Andrade, representando o UNITECNE/Uberaba.

O Conselho Consultivo da Rede Mineira de Inovação é formado por Mariana Santos (ex-diretora da Anprotec), que irá presidi-lo; Ana Cristina de Alvarenga Lage (coordenadora de Programas de Economia e Inovação na Fundação Renova); José Alberto Sampaio Aranha (ex-diretor presidente da Anprotec, diretor do Instituto Gênesis da PUC-Rio); Paulo César Resende de Carvalho Alvim (secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTIC); Paulo Piau Nogueira (engenheiro agrônomo; ex-prefeito de Uberaba e ex-deputado federal); Paulo Tadeu Leite Arantes (ex-diretor do CenTev e professor aposentado da UFV); Rafael Marques Pessoa (assessor técnico de Ciência e Inovação da Fapemig); Renato de Aquino Faria Nunes (ex-reitor e professor aposentado da Unifei); e Rogério Abranches da Silva (coordenador do Núcleo Educacional de Empreendedorismo e Inovação do Inatel).

 

Fonte: Anprotec